Quando se fala em chinelos, o que vem à sua cabeça? Sua casa? Seu quarto? Uma praia talvez… E que tal um escritório? Bom, posso apostar que um escritório não é algo que você relaciona com chinelos, certo?
Isso tem um motivo: chinelos passam imagem de total descontração. São para os seus momentos de descanso, naquelas horas em que você não quer se preocupar com nada.
Recentemente, uma notícia mostrou que a empresa GroupOn liberou o uso de chinelos para seus funcionários na sexta-feira.
O que venho alertar neste artigo é o seguinte: cuidado na hora de liberar esse tipo de exceção.
A liberação do chinelo no GroupOn teve as altas temperaturas como principal motivação. Mas, além disso, o objetivo da empresa foi deixar o ambiente mais leve, mais divertido. Serve até como uma estratégia de marketing, para vender essa imagem “relax” e chamar a atenção. Aliás, isso faz parte da cultura da empresa, que é informal e já adota trajes mais descontraídos no dia a dia. Ou seja, tem todo um contexto por trás da liberação do chinelo. Além disso, como os próprios líderes da organização revelaram em entrevista ao Portal Exame, apesar de inovador, o dia do chinelo não deve continuar. “Vamos ver como será o resultado, mas não queremos que o funcionário vá trabalhar todo dia chinelo”.
Mas será que mesmo pontualmente isso serve para todos os tipos de organização? Dentro do contexto desse tipo de empresa, isso pode até dar certo. Mas não é porque o GroupOn liberou que todas as empresas devem liberar. Somente em organizações mais informais, que lidam com criatividade, essas liberações podem funcionar.
Trajes e eficiência no trabalho
Nossas atitudes estão totalmente ligadas à forma como nos vestimos. Se você está, por exemplo, de terno e gravata, vai, naturalmente, agir de maneira formal, prestando atenção aos destalhes. Se estiver mais esportivo, a sua postura vai ser um pouco mais informal, mas pode ainda ser profissional. Agora, usando chinelos, vamos agir de maneira totalmente relaxada, e isso pode não ser bom para o ambiente de trabalho. Portanto, os trajes podem influenciar, sim, nossa eficiência e nosso desempenho.
Avalie o contexto
Não faz sentido forçar esse tipo de atitude dentro de um contexto que não combina com essa descontração total. Não há como incorporar a indicação dessa notícia em qualquer tipo de ambiente corporativo.
Isso pode não estar de acordo com a realidade de sua empresa, com o tipo de seu cliente, e até mesmo os funcionários podem não estar preparados. Vejo, por exemplo, muitas empresas tendo que voltar atrás no Casual Friday porque os colaboradores extrapolam na informalidade.
Então, na hora de fazer qualquer tipo de liberação ou orientação quanto ao traje a ser utilizado na empresa analise muito bem a decisão. Basear a sua escolha na decisão de outras empresas não é certo. Avalie o seu tipo de público interno e externo para saber o que está de acordo ou não.
E você como funcionário não fique cobrando certas liberações de sua empresa só porque outras empresas liberaram. É preciso entender que há contextos, histórias, perfis e momentos diferentes, e isso é que deve orientar cada decisão nesse sentido.
Uma escolha errada pode acabar com a credibilidade da empresa. Há, sim, um movimento de liberação de alguns trajes em ambientes corporativos. Porém, é preciso sempre analisar o contexto correto para que essas liberações possam ter efeito positivo, e não ao contrário, manchar a imagem da empresa.
Sucesso!
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Além de avaliar que tipo de liberações podem funcionar em sua empresa, é preciso, principalmente, preparar os funcionários para que eles saibam utilizar os trajes com bom senso. Esse cuidado com a Imagem Pessoal dos colaboradores reflete diretamente na imagem da empresa como um todo. Para saber como minhas palestras, cursos, treinamentos e workshops podem contribuir para o desenvolvimento da Imagem de seus profissionais e da marca da organização, entre em contato: comercial@silvanalages.com.br | (31) 9136-7973