“Sou a garota Barbie no mundo da Barbie. A vida em plástico é fantástica”. Essa é a tradução de um trecho da música da banda Aqua, de 1997 – Barbie Girl. A canção já era uma crítica à “vida em plástico”, à futilidade representada pela imagem da Barbie – a boneca mais famosa (e mais magra) do mundo.
Mas nem sempre foi assim. Quando a Barbie surgiu, ela representava a liberação feminina da época. A boneca nasceu em 1959, quando as mulheres começavam a se emancipar. Ela foi revolucionária em seu tempo: linda, esbelta, independente, sem filhos, com tempo para investir na carreira, mas não para cuidar da casa – em resumo, o oposto do estereótipo da dona de casa americana do pós-guerra.
Barbie: de revolucionária à ditadora da beleza
Com o tempo, a mensagem da Barbie começou a ter um sentido oposto. Tudo por conta de suas medidas irreais, que influenciaram toda uma geração. Se fosse uma mulher real, a Barbie teria 1 metro e 68 cm de altura, 73,6 cm de quadril, 50,8 de cintura e 68,5 de busto. Ou seja, uma mulher que não existe na vida real e, se existisse, não seria nada saudável. Pesquisas revelam que a chance de existir uma mulher com essas medidas é de uma em 100 mil, e que uma mulher com esse corpo não chegaria a ter 17% de gordura corporal, taxa mínima para menstruar regularmente.
Se você está imaginando como a Barbie seria na vida real, é só ver as fotos de Valeria Lukyanova, a modelo ucraniana de 21 anos que se orgulha de ser a “Barbie da vida real”.
Veja as fotos:
E tem mais, há pessoas que “ensinam” a ter essa aparência de boneca. Veja o vídeo com o passo-a-passo para deixar de parecer humana:
É claro que tanto o exemplo da modelo ucraniana como o dessa menina no vídeo tutorial para se parecer uma boneca, são coisas extremas, que não vemos no dia a dia. Porém, elas revelam algo que é um dos principais males da Ditadura da Beleza: a vontade de parecer algo que não somos.
E qual a diferença entre as mulheres que querem se parecer com a Barbie e as mulheres que querem ser iguais às modelos das capas de revistas? Ambas estão buscando uma beleza que está fora de seu alcance. A Barbie, sabemos, não existe na vida real, e aquela foto que mostra a pele perfeita, a barriga sequinha e o cabelo brilhante, passou por vários retoques no Photoshop, ou seja, é uma imagem que também não existe!
Para as Barbie Girls, quanto mais artificial, melhor. E será que você também não está em busca de uma imagem irreal?
Veja, por exemplo, como era a “Barbie humana” antes da transformação:
Uma mulher muito bonita, não é mesmo? Você pode estar se perguntando como ela foi capaz de não enxergar sua própria beleza, ao invés de ir atrás de um visual fora da realidade… Mas acontece que muitas vezes também ficamos tão cegas quanto ela ficou. Por isso é tão importante valorizarmos nossa BELEZA REAL. Não há nada mais bonito do que destacarmos naturalmente o que há de melhor em nós.
Meu trabalho como Consultora de Imagem não é transformar as pessoas em algo que elas não são. Meu objetivo é fazê-las enxergar a beleza única que temos, e ensiná-las a se valorizar sem deixar de ser elas mesmas.
O mundo real não é feito de plásticos e nós, ainda bem, também não somos. Somos feitos de carne, osso, defeitos e qualidades. E cada um de nós deve aprender a enxergar o que temos de melhor, sem ficarmos presos a padrões fora de nossa realidade.
Pense nisso!
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Para ajudar homens e mulheres a entenderem que não vale a pena ficar se sacrificando para alcançar o padrão de beleza irreal imposto pela mídia e pela indústria da moda, desenvolvi a palestra “Ditadura da Beleza X Ditadura da Felicidade: o que realmente importa para o sucesso”. Para saber mais sobre essa palestra e sobre o meu trabalho com Consultoria de Imagem por meio de palestras, workshops, cursos e treinamentos, entre em contato: comercial@silvanalages.com.br | (31) 9136-7973