Etiqueta à mesa não é bicho de sete cabeças

Esther Proença Soares

restaurant setPara muita gente, uma mesa bem arrumada, em casa ou em restaurante, pode ser um suplício!

Por que tantos copos e talheres, por que tantos copeiros e garçons? Como escolher os vinhos, que pratos pedir naqueles cardápios requintados? E se o guardanapo cair no chão, pego ou deixo? Deixa. O garçom trará outro.

Dúvidas, tão simples quanto essas, gelam as mãos e a pessoa esquece até o próprio nome.

Vamos partir de uma primeira colocação: tudo que está sobre a mesa foi criado para trazer conforto e bem-estar. Não são instrumentos de tortura, e sim respostas lógicas às necessidades de usufruir melhor os alimentos e as bebidas que vão ser saboreados. Conhecer alguns detalhes básicos de arranjo e etiqueta de mesa e de comportamentos é cada vez mais importante para enriquecer seu paladar, harmonizando alimentos e bebidas de forma a torná-los ainda mais saborosos.

Além disso, a vida empresarial de hoje exige muitas refeições em restaurantes, com clientes, chefes e colegas de trabalho, em almoços e festas de confraternização ou negócios.

A refeição cotidiana familiar e um jantar formal para convidados de cerimônia são coisas muito diferentes. A vida moderna do dia a dia pede rapidez, simplicidade, economia de tempo e espaço, sem abrir mão de boa educação. Mas os momentos de lazer, em que queremos curtir amigos e família, podem e devem ser mais bem cuidados.

Tudo se torna muito fácil quando buscamos conhecer alguns itens básicos – lembrando que não existe certo nem errado: é sempre uma questão cultural.

Come-se massa  de fios com o garfo ajudado pela colher? Saiba que, mesmo na Itália, de onde veio esse costume, isso não é usado no Norte do país. Na Índia, ainda se come requintadamente à mesa pegando os alimentos com as mãos, mas com um jeitinho especial de só usar três dedos para isso. No Japão, chupa-se a sopa com bastante ruído. Em muitos países europeus, não se muda o garfo de uma para outra mão. E daí? Como ficamos nós, brasileiros, herdeiros de tantas tradições indígenas, africanas, europeias e asiáticas? Assumir nossas origens e diferenças vai nos fazer mais seguros.

O importante não é o que se gastou,  não é o luxo de objetos de mesa e as iguarias caras e sofisticadas que irão tornar nossos encontros um evento agradável.  O importante é o carinho, o cuidado que colocamos nas escolhas de tudo isso, priorizando sempre as características especiais de nossos convidados.

Esther Proença Soares

sabor e saber - esther proenca soares

Comentários

2 respostas para “Etiqueta à mesa não é bicho de sete cabeças”

  1. Avatar de Yaqueline Garcia Suarez Malaquias
    Yaqueline Garcia Suarez Malaquias

    gostei muito bom tem gente que precisa apreende

    1. Avatar de metropolitana
      metropolitana

      Que bom Yaqueline, grata VEJA AQUI PORQUE NÃO TE RESPONDI ANTES https://www.youtube.com/watch?v=Kes73BH3veE

Deixe um comentário