Alguma vez na vida você já sentiu que PRECISAVA comprar aquela determinada blusa, que sua vida seria muito melhor se TIVESSE aquele sapato? Já? Mas e você chegou a parar para pensar racionalmente se precisava mesmo? Será que um sapato poderia resolver todos os seus problemas?
Seja bem sincera ao responder esta pergunta. Eu serei.
Esse pensamento já rondou minha cabeça várias vezes. Eu já fiz esse tipo de compra várias vezes. Mas refletindo com calma sobre essa atitude entendi o real significado dela e achei que deveria falar sobre isso por aqui.
Necessidades da Mulher Maravilha
Vamos começar falando sobre o conceito de necessidade, pois entender isso vai nos ajudar a esclarecer o que acontece por trás do consumismo. De acordo com a Psicologia, “necessidade” é um estado interno de insatisfação causado pela falta de algum bem necessário ao bem-estar.
Muito bem. Dito isso, vamos ao cenário atual das mulheres.
Nós não somos aquelas mulheres de antigamente, submissas a tudo e a todos. Porém, também não somos ainda a “mulher contemporânea” exposta na mídia.
Sabe aquela mulher das revistas, que é independentes, trabalha fora, leva e busca os filhos do colégio, faz almoço, jantar, cuida da casa, do marido, vai para academia, visita os pais e, tudo isso, em um dia? Ah, e claro, sempre linda, impecavelmente arrumada e de salto alto e sensual. Pois é, ela não existe.
Nós estamos no meio desse caminho, tentando nos livrar da imagem submissa, e tentando corresponder a essa imagem de “Super Mulher”. Nos cobramos a todo momento, seja como mãe, como esposa, como filha, como mulher. Tudo isso acaba deixando as mulheres ansiosas, deprimidas e frustradas.
Se a mídia nos coloca como “Mulheres Maravilha”, a realidade está mais parecida com estas imagens:
O resultado de tanta pressão para ser a “Mulher perfeita”? muitas compras!
O consumismo nada mais é do que uma forma de suprir toda essa frustração, essa ansiedade. Lembra que falamos de necessidade no início do artigo? Pois bem, nem sempre essas necessidades são legítimas. Muitas vezes elas podem ser criadas por nós mesmos ou pela mídia.
Quantas você comprou algo que não precisava pelo simples fato de ele estar em promoção? Ou então, quem nunca se sentiu como a personagem do filme “Os delírios de consumo de Becky Bloom” na cena abaixo, como se o manequim estivesse falando com você?
Parece que aquela blusa nova nos fará parecer mais eficiente, que aquele sapato novo nos fará andar com mais firmeza. Porém, passado algum tempo, assim que aquele item deixa de ser novo, ele perde seu poder e, com isso, será preciso ir em busca de novas roupas e sapatos. Assim, forma-se um círculo vicioso muito difícil de sair.
Se você está presa nesse círculo, a primeira coisa a ser feita é tentar identificar qual a real necessidade que está lhe motivando a consumir desenfreadamente. Você PRECISA daquela blusa por quê? Para se sentir mais bonita? Mas quem disse que você não é bonita? A capa de revista? A propaganda de TV?
Muito bem, pense comigo: para as grandes marcas, qual a vantagem de se ter pessoas saudáveis e bem resolvidas, já que essas pessoas consomem menos? Por isso, é muito mais vantajoso disseminar mensagens às pessoas de que elas não são boas ou bonitas o suficientes, e que comprando seus produtos elas poderão alcançar o padrão ideal de beleza. O objetivo é nos tornar pessoas ansiosas, com desejo muito grande de consumir, porque isso é que é rentável.
Novamente, é a ditadura silenciosa que vem nos atingindo fortemente, e que venho falando em minha palestra “Ditadura da Beleza x Ditadura da Felicidade”. A imposição de um padrão de beleza, de uma padrão de vida, está nos tornando consumistas e tristes.
É preciso entender que, sim, nós temos que cuidar da nossa Imagem Pessoal, mas não são 100 pares de sapatos ou uma blusa nova a cada semana que nos farão alcançar o sucesso. Ter equilíbrio, em todos os sentidos de nossa vida, também é fundamento para desenvolvermos uma Imagem que contribua para nossa evolução pessoal e profissional.
Invista em roupas de qualidade, que durarão e poderão ser combinadas com várias peças. Você pode estar sempre elegante, sem necessariamente estar de roupas novas. Basta fazer várias combinações diferentes com as mesmas peças. Ou seja, usar a criatividade. Para isso você pode se inspirar nos blogs de moda. Selecionei algumas imagens que mostram essa ideia.
Nosso bom-senso, nossa postura e nossas atitudes são muito mais importantes para nossa Imagem Pessoal do que marcas e etiquetas. Pode apostar!
—
Quer saber mais sobre como a busca pela Beleza Real pode tornar as mulheres mais fortes e independentes? Na minha palestra “Ditadura da Beleza x Ditadura da Felicidade: o que realmente importa para o sucesso” mostro que ser Mulher Maravilha é muito mais que atender aos padrões impostos pela mídia. Aceitar-se, ter autoconfiança e saber destacar o que há de melhor em si são os verdadeiros poderes das mulheres atuais. Entre em contato e saiba como contratar esse palestra: contato@silvanalages.com.br | (31) 9136-7973