Mês: julho 2015

  • O que você faz com o seu talento?

    O que você faz com o seu talento?

    O que você faz com o seu talento?
    Silvana Lages conversa com o músico “Cry”, que leva seu talento com alegria para a praça em Belo Horizonte.
    Confira, divirta-se e reflita: E você? O que está fazendo com o seu talento?
    Podem ter muitos aplausos te esperando por aí! Motive-se.

  • Viva todas as tribos de Barbie

    Viva todas as tribos de Barbie

    Por Silvana Lages

    Não é difícil encontrar crianças, até mesmo adultos, que façam coleção de bonecas Barbies e isto não é de hoje. Tem de todos os estilos: a Barbie noiva, a Barbie professora, a Barbie médica, a Barbie esportista, a Barbie mãe. Não posso negar, a Barbie é uma mulher de muitas (e fortes) personalidades. Também não posso negar que já tive uma grande vontade de ser como a famosa boneca.

    Ela tem um guarda-roupa maravilhoso, tem um namorado lindo, tem qualquer profissão que deseja e, como não podia deixar de ressaltar, é uma mulher extremamente bonita – loira, com traços delicados e olhos claros.

    E os pais, tios e amigos insistem em presentear crianças com a boneca mais famosa do mundo, que insiste em iludi-las quanto a um padrão de beleza que não existe, mas que continua sendo reforçado.

    É um padrão reforçado em escalas tão altas que, nos tempos atuais, existem diversas “Barbies Humanas” por aí. São mulheres que já nasceram lindas, mas que se submetem a diversas cirurgias plásticas para ficarem igual à famosa boneca. E será que vale o risco? Será que todas as cirurgias têm algum fundamento e melhora a vida das mulheres em algum fator?

    Uma mulher bonita não precisa ser loira, alta e ter olhos claros. Nem mesmo precisa ser baixinha, morena e com olhos que mais parecem duas jabuticabas. Também não precisa ser ruiva e ter sardinhas distribuídas por todo o seu rosto. Uma mulher bonita precisa ser única e aceitar a beleza que tem, independente de como ela seja.

    Pensando nisso, a empresa que produz as bonecas Barbies, felizmente e depois de anos, resolveu criar novas versões da boneca. Serão disponibilizadas Barbies morenas, brancas, pardas. Barbies com o cabelo liso, ondulado, cacheado, curto, logo. Com salto, sem salto – que é algo que vale ser frisado.

    Por anos, todas as bonecas usaram sapatos altos e, agora, elas desceram do salto – assim como várias mulheres vêm fazendo. Uma sandália alta tinha a finalidade de impor um poder e, nos dias de hoje, esse poder e confiança vem sendo alcançados com uma sapatilha, um tênis ou uma rasteirinha.
    As mulheres não precisam mais de um salto para se sentirem seguras e confiantes.

    As crianças não precisarão mais crescer com uma idealização de beleza no meio dos seus brinquedos.  A boneca loira, alta e linda poderá ser substituída por outras igualmente bonitas. E o melhor de tudo: a criança poderá escolher, em meio a tantas Barbies, aquela que mais se parece com ela.

    As complicações de autoestima, a personificação de um padrão de beleza e todas as inseguranças quanto à aparência começam na infância e os jovens são, há anos, influenciados por uma simples boneca, para a qual dão mais importância do que deveriam.

    Felizmente, isso tende a mudar. Uma tradição será quebrada e uma nova era começará. As crianças continuarão, sim, a serem presenteadas com bonecas Barbies. Mas desta vez, serão bonecas que valorizam todos os tipos de beleza e que quebram qualquer padrão imposto.

    Foi uma mudança pequena, sim, mas muito significativa. Uma mudança real na fabricação das bonecas Barbie, iria além, contaria com vários estilos de mulheres, várias formas de corpo, vários tamanhos, etc…. Mas isso não tira o mérito da empresa, que deu o primeiro passo  rumo a uma revolução não só do mercado, mas dos padrões de beleza impostos pela sociedade.

    Confira abaixo as imagens das novas Barbies e me diga, nos comentários, qual é a sua opinião sobre a mudança na aparência da boneca. Me diga, também, se elas já influenciaram os seus pensamentos quanto aos padrões de beleza em algum momento da sua infância.

    E Viva todas as Tribus de Barbie!!!

    Viva todas as tribos de beleza!!!

    Viva a Beleza Autêntica!!!  Viva a Beleza Real!!!

    Viva!!!!!!!!! Viva!!!!!!!!!!!!!!!

     

  • Viva a beleza real

    Viva a beleza real

    Por Silvana Lages

    Eu sei, você já está saturado de saber que padrões de beleza não devem existir e que o bonito é ser você, independente do número das suas roupas, da sua altura, da cor do seu cabelo ou do formato do seu nariz. Mas eu sei, também, que você está ciente que os padrões estéticos existem e, infelizmente, são venerados por muitas mulheres por aí.

    E o problema maior não está nem na existência destes padrões, está na falta de realidade presente neles. As revistas, por exemplo, são as maiores precursoras no ramo da beleza e a realidade presente nas fotos ali expostas beiram o zero – são horas e horas [retocando as imagens](https://estilo.catracalivre.com.br/beleza/video-mostra-edicoes-na-foto-de-modelo-de-capa-de-revista/) para expor uma mulher que não existe.

    Algumas até tentam fazer campanhas legais, exaltando todos os tipos de beleza. Um caso interessante foi o da marca de lingerie Duloren, que passou por cima de qualquer padrão e contratou a mãe da atriz Danielle Winits para posar de calcinha e sutiã em uma campanha. O problema é o fato da imagem final [não retratar uma mulher de 62 anos e nem a realidade da mãe da atriz , a estrela da campanha](https://estilo.catracalivre.com.br/modelos/com-62-anos-mae-de-danielle-winits-posa-de-calcinha-e-sutia/#), como deveria ser. As imagens foram editadas ao ponto do corpo de uma senhora se tornar o corpo de uma menina de 30 anos, fugindo de qualquer padrão real da idade e da própria pessoa

     

    Mas, felizmente, algumas vezes as campanhas cumprem o que prometem e expõem resultados maravilhosos. A revista Elle, mundialmente conhecida como símbolo da moda, propôs uma iniciativa incrível para comemorar os 27 anos da sua existência: fizeram uma revolução para o início da beleza real e colocaram uma mulher plus size e livre de photoshop como capa da revista.

    Além disso, em edições anteriores, disponibilizaram uma capa especial para a revista: [um espelho](http://portal.comunique-se.com.br/index.php/jo-com/77166-em-edicao-de-aniversario-revista-elle-transforma-capa-em-espelho) com a hashtag #vocênacapa.

    Muito gostoso ver este movimento indo para a rua https://www.facebook.com/ElleBrasil/videos/10153440516054050/. Agora depende dos “clientes” desta e outras revistas ajudarmos para que este movimento fique de fato nas ruas.

    Eles iniciaram um movimento real contra qualquer padrão estético e o resultado está indo conforme o esperado: cada vez mais mulheres estão apoiando a causa e percebendo que bonito é ser você, que [beleza é uma questão de essência](http://silvanalages.com.br/beleza-e-questao-de-essencia/).

    Deixo aqui, então, os meus parabéns para a revista Elle e o meu convite para que todas se unam e participem do movimento junto com a revista, comigo e com as milhares de mulheres que já acordaram e perceberam que a beleza que importa é a beleza real, e não aquela manipulada que foi impressa em pedaços de papel que insistem em ditar padrões falsos.

    Compartilhe este texto em suas redes sociais e faça mais do que isso: compartilhe essa ideia por onde você passar.  A ditadura da beleza tem que acabar!

        

  • Vale tudo por padrões estéticos?

    Vale tudo por padrões estéticos?

    Por Silvana Lages

    A expressão “padrão de beleza” nunca foi algo que me agradou – eu acredito que cada pessoa tem uma beleza própria, um brilho próprio, um padrão de beleza próprio. Mulher nenhuma precisa ser alta, magra, loira e ter um sorriso branquíssimo para ser considerada bonita. Muito pelo contrário, inclusive. A beleza está na singularidade, o [corpo ideal não existe](http://silvanalages.com.br/o-corpo-ideal-nao-existe-na-vida-real/) e, mais do que isso: nas qualidades interiores.

    Mas, infelizmente, existem algumas pessoas que ainda acreditam fortemente na existência de um único padrão de beleza. Na maioria das vezes, são meninas adolescentes e pré-adolescentes que acreditam fielmente que precisam se parecer com alguma personagem X da mídia para serem consideradas bonitas. E o pior: as inseguranças não começam e terminam nessa fase – elas se estendem, muitas vezes, por toda a vida, até a fase adulta.

    A personagem escolhida da vez é uma modelo americana chamada Kylie Jenner, conhecida pelos seus lábios carnudos e volumosos. Kylie afirma que o segredo dos seus lábios são técnicas de maquiagem e, para imitá-la, meninas de todo o mundo começaram a fazer um experimento maluco: elas fazem pressão com a boca em um copo ou garrafa por alguns minutos e, bingo, lábios magicamente volumosos.

    O problema é que a experiência não é segura e os lábios podem acabar deformados por um longo período de tempo. Em alguns casos, inclusive, o copo usado se quebra na boca do jovem e as consequências não são lá das melhores… Mas as pessoas continuam fazendo, continuam postando em suas redes sociais e continuam influenciando outros a tentarem também.

    E qual é o fundamento disso? É amor de fã querendo se parecer com o ídolo? É uma vontade louca de chamar atenção? É a falta de autoaceitação sobre a sua aparência ou é apenas a falta do que fazer mesmo? É difícil entender…

    A justificativa mais plausível que eu consegui encontrar foi, infelizmente, a idealização de lábios carnudos e volumosos como sendo os mais bonitos para se possuir. Como já é de se imaginar, esse pensamento está longe de ser verdade. Já disse antes, mas repito: a beleza está na singularidade. Seus lábios combinam com o seu rosto e o seu rosto é lindo, eu tenho certeza!

    Se você é do time que fez o experimento, imagino que você não o fará novamente devido ao possível resultado ruim. Se você é um dos que cogitou tentar, leia e releia esse texto o máximo que puder. Por fim, se você é do time dos que também não aprovam a nova moda, conscientize as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo.

    Trata-se de uma brincadeira perigosa e que deve ser extinta o quanto antes. Por isso, peço que compartilhe o texto e atinja o máximo de pessoas que puder (adolescentes e suas mães), sobre o perigo de querer seguir um padrão estético tão bobo.

  • Uma visão diferente sobre um par de óculos

    Uma visão diferente sobre um par de óculos

    Por Silvana Lages

     Eu sempre soube que os maiores aprendizados da vida são adquiridos muito além de escolas e de faculdades – conseguimos aprender com experiências, com problemas, com contratempos e, principalmente, com pessoas.

    Crescemos ouvindo que precisamos escutar aos mais velhos porque eles têm muito a nos ensinar, que suas experiências os fizeram pessoas sabias e por aí vai. Isso, de fato, é uma grande verdade – os anos vividos trazem uma  bagagem de conhecimento imensurável, que jamais conseguirá ser adquirida com nenhum acervo literário.

    Mas o engraçado – e o inesperado – acontece quando você percebe que uma criança de quatro anos também é capaz de promover conhecimentos e lições de moral sem tamanho.

    Semana passada, acordei em uma manhã que tinha tudo para ser normal e fui ao parque encontrar o meu filho em um projeto da sua escola.
    “Projeto Família” era o nome do programa que promovia um encontro entre os filhos e os pais. Cheguei, arrumei a toalha para o piquenique e fiquei aguardando a chegada do meu menino.

    Ele chegou e, ao me abraçar, retirou os óculos escuros que eu estava usando. Era uma acessório bonito e foi escolhido a dedo para aquela manhã – afinal, eu queria [estar bem elegante]( http://silvanalages.com.br/afinal-o-que-e-elegancia/)  para um momento tão especial. Ao perguntar o porquê dele ter feito aquilo, o meu filho me respondeu que o motivo era o fato de eu não conseguir enxergá-lo direito e dele não conseguir olhar nos meus olhos enquanto eu usava o acessório, que era algo de grande valor para ele.

    Não vou dizer que esse foi o momento no qual eu mais me orgulhei do filho que tenho, mas não posso negar que foi um dos que me deixou mais feliz. Eu tenho um filho abençoado, com um nome bíblico que significa “o iluminado” – e não existiria definição melhor. É uma criança sensível, com uma sabedoria que muita gente mais velha não carrega e eu agradeço todos os dias por isso.

    Eu, que sempre soube da importância do contato visual no desenvolvimento de uma relação e sempre respeitei as regras de não usar óculos escuros em ambientes inadequados mas, nunca havia me atinado sobre o quanto um simples objeto pode atrapalhar até uma conversa informal, familiar de forma tão profunda.

    Não vou deixar o acessório de lado, é claro, mas vou ficar mais atenta nos momentos para usá-lo e, principalmente, para retirá-lo – e sei que as pessoas ficarão honradas ao me verem fazer este ato. As regras de etiqueta e as revistas de moda permitem, sim, o uso de óculos em lugares abertos, mas cabe a você determinar se é ou não conveniente usá-lo em algumas situações.

    Uma vez ouvi por aí que “os olhos são as janelas da alma e, também, as vitrines do coração”. A partir daquele momento com o meu filho, soube que minhas janelas e vitrines jamais ficarão escondidas novamente – ao menos, não enquanto eu estiver com alguém por quem eu me importe tanto. Obrigada por outro grande ensinamento, Lucas. 

    Se o meu filho te atentou para algo que você também não sabia, comente abaixo o que achou e compartilhe este texto para que mais pessoas possam aprender com ele.